IRA

Dançar como dança
O bailarino no ar
Conter todo medo e
Terror como fosse
Lutar
Cheirar como cheira
A sorte de quem cheira
O sovaco da morte
Se dominar no trampolim
Sobreviver meu arquelim
Azucrinou quem despreza
Despreza o cidadão de cor
Não se tocou que a mistura
Foi feita meu sangue
É Nagô
Além do mais você foi
Aquele capataz
No porão sobrevivera uma
Nação
Nas águas mais tranquilas
Nas fontes cristalinas
Até o mar despejou toda
Dor
A dor das mais sofridas
E toda a nação respondeu
E todo sangue clamou
Até quem não foi filhos
Teus
Teve as benção do nosso
Senhor
Assim que o mar vomitou
Toda ira
Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 18/04/2017
Reeditado em 22/08/2019
Código do texto: T5974567
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