FURACÕES DE BEIJOS

Se o amor começar
Com gestos, gritos e
Ofensas
Quem não tem carinho pra
Dar, e nem mesmo paciência
Candidato a pobreza de espírito
E nobreza
O seu ego é pra si mesmo
Não quer repartir a mesa
Vai viver aprisionado entre
As grades do egoísmo
E sem ninguém do seu lado
Solitário e perdido
Como a fumaça que passa
Sem sentir a sua falta,
Viverá no ostracismo e longe
Dos seus amigos
Se o amor começar com as
Letras do seu nome
Vou pedir a Sabiá pra desenhar
Meu sobrenome
E as estrelas lá no céu,
Irão vingar meu sofrimento
Soa o bravo trovão com forte
Rajadas de ventos
É assim que a natureza dar
Resposta a covardia
Ruge o mar, mas que beleza!
Forma a chuva do dia
Risca a terra de lampejo
Dos teus raios de desejos
Terremotos de paixões entre
Furacões de beijos
E a lua desmentia, corpos nus
Em noite fria
Madrugada anunciada
Maré cheia desvairada
Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 14/04/2017
Reeditado em 22/08/2019
Código do texto: T5970816
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