OBSCENO
Uma dose de incerteza,
deixo aqui em sua mesa,
mas, meu conselho é não tomá-la.
É que o veneno da maldade,
vem no “trem” dessa cidade,
nas profecias da mandala.
Na visão dessa Carola,
verso bom, só em Angola,
que Manuel, pra lá levou.
E se alguém se mete a besta,
sem ter fama, já não presta,
“João Cabral de Melo” falou.
E se o “Drummond”- se sacode no túmulo -
é por força do badalo, que roxeado está,
mesmo inerte e tão parado.
Mas, a Carola saltitante;
com seu rabo de cavalo,
passeia toda sorridente,
em seu “Trem” descarrilado.
Como a concorrência é nobre,
fico mudo e assim me calo,
e só para rimar riminha pobre,
vejo tudo e empino o falo.