O VELÓRIO
Certo dia estava eu
no velório de um amigo
que um dia antes
num desastre havia morrido.
Muito triste, desolado,
eu maldizia a desgraça
que havia levado
aquele meu "boa praça",
quando de repente notei,
por detrás do caixão,
uma menina que sorria pra mim
e pedia a minha mão.
Então eu comentei, com cara de choro,
isso é cemitério, não é lugar de namoro.
Poderia até para você cantar
uma canção do meu repertório,
mas é proibido amar
quando se está num velório. (3x)
(Jovem guarda - 1966)