O TEMPO E EU
Deslizo no vértice
do ângulo de luz,
e visto o capuz
da Fada Dourada.
E a sombra do tempo
da fuga das eras,
encerra meu ciclo
que o número traduz.
Se volto ao compasso
que o ritmo demarca,
entrego ao desleixo
meu corpo voraz.
E tardiamente
invento desculpas,
e pego carona
para regressar.
Depois da viagem,
quero à cadeira de balanço,
e a máscara do tempo,
novamente meus olhos descortina.