O TEMPO E EU

Deslizo no vértice

do ângulo de luz,

e visto o capuz

da Fada Dourada.

E a sombra do tempo

da fuga das eras,

encerra meu ciclo

que o número traduz.

Se volto ao compasso

que o ritmo demarca,

entrego ao desleixo

meu corpo voraz.

E tardiamente

invento desculpas,

e pego carona

para regressar.

Depois da viagem,

quero à cadeira de balanço,

e a máscara do tempo,

novamente meus olhos descortina.

Marçal Filho e Música de Chico Geraes
Enviado por Marçal Filho em 29/11/2016
Reeditado em 07/05/2024
Código do texto: T5837919
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