TÃO CONTENTE...

Cantei...

Eu soltei a minha voz...

No Brasil de céu azul...

Uirapuru aqui do sul...

Expressei...

Frenesi e agitação...

Fui feroz como rojão...

Fui amor e fui paixão...

Caminhei...

Pra escutar o mar cantando...

Fui dourando o meu pranto...

O meu canto virou rio...

Entrei...

Nesse belo continente...

Fui pro norte tão contente...

Vê a mistura do povão...

Rezei...

Pelas as selvas e as noites...

Pelos ritmos e açoites...

Esquecidos neste chão...

Falei...

Do velho Negro e do Branco...

Suas canções de acalanto...

Suas vozes de emoção...

Terminei...

Esse Verso tão ardente...

Com muita prece e muita gente...

Na Quermesse...

De Nossa Senhora da Conceição...

Paulo Poba
Enviado por Paulo Poba em 05/11/2016
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