PRIMAVERIS
Somos a junção
Das impossibilidades
Que o âmago desconhece
O acaso repintado
Nas paredes da saudade
Onde o frívolo fenece
Somos verdes, azuis e amarelos
Onde o canto tem presságios
No vigor da dura prece
E dissolvemos a timidez
Pra lidar com a solidão
Somos remos e canoeiros
Que as carrancas abençoam
Espantando o mal das eras
Vez em quando, só verões
Despejando o cinza outono
Sobre o florir das primaveras.
"Somente o florir, nos dá o sentido do viver"!