O FEL DA CARNE

Quando então se fez em mim,

O bem- querer, você calou

Quando então se deu em mim,

O mau-querer, você falou

Bastou-lhe um beijo

Para que o mel do desejo

Despertasse o fel da carne.

Deus lhe guarde! Deus lhe guarde!

Ainda que lhe seja tarde.

Eu não queria estar carente

Ao teu querer,

Mas que fazer?

Que Deus agora lhe proteja

De quem deseja o seu desejo

De gozar por um momento de prazer

Sem sentimento, porque...

...Qualquer prazer vindo da carne

Queima, fere, sangra e arde.

E ainda que lhe seja tarde:

Deus lhe guarde! Deus lhe guarde!

Deus nos guarde!

Na minha rua tinha um anjo

De olhos azuis.

Na minha rua tinha um anjo.

Um anjo de luz.

Autores: Marcos Aurélio

Petrônio França

Marcos Aurélio Mendes
Enviado por Marcos Aurélio Mendes em 24/07/2007
Código do texto: T577815