Cinderela do Agreste
 
 
Eu era uma menina
Magricela
 
E achava que o mundo
Era de fome,
Sem amor
 
Eu nunca imaginei
Ser Cinderela
 
Meu príncipe encantado
Era de pó,
Suor e dor
 
Meus tempos são sem cor
Sem primavera
 
Eu canto essa canção
Por onde eu for
 
A história que vivi
Vou lhe contar
 
Das letras conheci,
Depois dos doze
 
Do agreste vim de longe
Sepultar
 
Meu pai doença ruim
Que mata hoje
 
Então eu conheci
Cidade grande
 
O pão, comida estranha
Me deixou
Desconfiada
 
Depois lembrava dele
A todo instante
 
Meu lanche preferido
Era o tal pão,
Com bananada
 
Então alguém chegou
Deu-me a mão dela
 
Pergunto ao coração,
Pra onde eu vou ?
 
A história que vivi
Vou lhe contar
 
Outra separação,
Nem sei pra onde
 
Um choro, uma questão
Prá perguntar
 
O que será de mim
Alguém responde ?
 
Germano Ribeiro e Maria Araújo
Enviado por Germano Ribeiro em 14/08/2016
Reeditado em 14/08/2016
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