Brisa Branca e Manca
Quero ver se desço o rio
Me esquecendo do seu nome
Quero ver se a saudade
Essa rota me consome
Quero ver se eu conserto
O passeio em pouco tempo
Ver se assim apago o nome
Lá escrito no cimento
Quero ver se a brisa branca e manca
Me apaga essa lembrança ânsia
Vou tocar meu alaúde
Distrair-me em Hollywood
Passear no chão da França
Quero ver se passam aves
Arribando para o sul
Que carreguem o que resta
De um frio olhar azul
Quero ver se os “flying-saucers”
A transportam para o espaço
E dela nem mais sombra
Nem elétron nem pedaço
Quero ver se a brisa branca e manca ...
(Pitangui, MG, 1970)
(Ritmo: Valseado)