ALUCINAÇÃO

O desenho na parede

era invisível,

o relógio pendurado

era um sapo,

o distintivo do soldado

era cinzento

e minha perplexidade

era frígida.

.

O meu alucinógeno

era vencido,

o pacto da ilusão

minha corrente,

batendo o vão da porta

a hipocrisia,

solvente pra beber

nem tanto o vinho.

.

Eu era a insensatez

de um passarinho

bicando a cascavel enrodilhada

e quando acordei da letargia,

meu eu, não era eu,

mas era o nada.

Marçal Filho e Nilo Carvalho compôs a Música
Enviado por Marçal Filho em 04/07/2016
Reeditado em 27/07/2024
Código do texto: T5687013
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