Pobre capital
Não tenha medo de ouvir o que eu tenho pra falar
Não se conquista uma vitória se você não se arriscar
Olhe no beco a dor de só, salvem as salas de jantar
Quem nunca foi à freguesia dessa pobre capital
O apocalipse urbano as suas vítimas fará
Com que os olhos não enxerguem a luz vermelha dos faróis
Nem as lombadas e valetas, obstáculo astrais
Pra pôr na frente os atrasados que ficaram para trás
Que cena vã e miserável
Você olhando para o céu
Enquanto ando na calçada
Tentando descobrir o porquê
Quem pode, pode, dá de ombros
Quem não pode vai secar
Como uma poça no deserto
Dessa pobre capital