POEMA PENDULAR
Quero um poema diferente
dos que leio por aí,
porém, feito a lâmina da navalha,
ou mais doce que o açaí.
Um poema assim pingente,
qual adornos de cigana.
Como presa de serpente,
ou tal qual, a garapa da cana.
Quero um poema flecha,
que no alvo, acerta em cheio,
que contenha a perfeição,
e que do inteiro, seja o meio.
Pois um poema que se preza,
não se prende à rima à toa,
ele apenas se diverte,
entre o ruim e a coisa boa.