Espinhos do amor

A vida é ingrata, para quem se apaixona

E fica na lona jogado ao chão

Promessas desfeitas, insatisfeitas

Que nos machuca sem compaixão.

Quando se ama, agente se entrega

De alma e de corpo, com todo vigor.

Mas se engana, com o passar do tempo

Mergulhado em lamento por causa do amor.

Coração ferido, de amor rejeitado

Sem paz, sem abrigo sem sua atenção

Assim eu convivo, só e desprezado

Como um fiapo jogado ao chão.

Amor solitário, desprezado da sorte

Escondido na sombra do seu próprio sofrer

Lágrimas nos olhos, desejando a morte

Mas nem essa sorte lhe vem socorrer.

Assim vou morrendo sem amor, sem carinho

Desprezado da vida de quem foi minha flor,

Sentado à mesa dedilho meu pinho

Ferido pelos espinhos, espinhos do amor.