Passando a Noite No Interior Calmo do Asilo Arkham Em Gotham City
Acordei. Me arrumei.
E sai pra rua.
Não me importei. Nem me assustei.
Era madrugada e meia.
E mesmo assim eu me lancei.
Cães latiam. A noite ardia.
E eu vulnerável a caminhar.
O dia se anunciava.
A noite se despedia.
E mesmo assim,
Eu avançava.
Eu entendi. Eu percebi.
O tempo voava.
Eu vi. Eu escrevi.
Na areia da praia
Que eu nunca conheci.
Meu pensamento dizia.
Eu nada ouvia.
Minha razão provara,
Mas eu não aprovara.
O passado esvaecia,
O presente nada pedia.
E eu não acordava.
O fim de semana chegou.
Meu espirito não acordou.
O fim de semana passou.
E meu corpo não notou.
O fim de ano apontou.
E eu não me preparei.
Mais uma rotina começou.
E eu ainda não sei.
O tempo que eu tinha se acabou.
A vida que tive se despedaçou.
E eu nem pra perceber.
O filho que eu tive não chorou.
Nem sei se o dia começou.
E eu aqui ainda a me perder.
Nem sei.
Nem sei.
Eu nem sei.
Tudo se acabando.
A vida iniciando.
E eu ainda nem sei.
Nem sei.
Nem sei.
Eu nem sei.
Sei.
E minha vitrola repetindo war of pigs,
Baixinho.
Quase não se pode escutar.
Que chuva é essa que não cansa de me molhar?