A Idade do Lobo
 
Eu confio cegamente
Os cegos confiam
Se deliro como um louco
Andantes vadiam
 
Disso espero muito pouco
Mentir não é crime
Grito calado e não ouço
O silêncio reprime
 
Se a cada passo, eu passo,
Do traço, exagero
Falhas, fiascos e gafes
Nem penso, eu pondero
 
Fico entre o fato
E o ato de não ter noção
O acaso basta como um trato
Para a motivação
 
Pontos, faixas, referências...
Bailam sem parar
Baixas e a própria ciência
Reluto em escutar
 
Nem vou falar do destino
Fatalismos, desatinos
Finjo que isso não existe
Me sinto um menino