Violeiro
Eu sou assim
Violeirinho
Aprendiz de tocador
Aonde me chamar eu vou
Gosto mesmo de tocar
Vou aprendendo
Com os mestres que eu vou vendo
Da viola vou vivendo
Canto em qualquer lugar
Pode ser na feira
Debaixo de uma porteira
No parque de exposição
Na festa em uma latada
Ou em cima de um caminhão
Canto coco e xaxado
Quando estou empolgado
Vou do rock ao baião
Mas gosto mesmo é do repente
Fazendo improviso
Com as coisas da região
Canto história de caboclo
Do cego que deu o troco
No bêbado Valdemar
Que quebrou o bastão
Na cara do ladrão
Que queria lhe roubar
Também canto o amor
Ingrato e sofredor
Que faz até chorar
Se alguém me desafia
Pra fazer uma cantoria
Ai eu vou gostar
É só da o mote
Que eu lhe desafio
Até o cabra parar