Correspondente de Guerra
Pergunto ao encapuzado o que “cê” faz aqui
Com voz de criança responde que não sabe bem
Brincando de homem só dói quando faço assim
Me mostra a nascente de sangue da palma da mão
Pergunto de novo que arma você traz aí
O nome não sei, mas se quiser ler pra mim, tudo bem
Maria é um F.A.L. mexicano de 62
Mas digo pro menino homem que também não sei
Me conta baixinho que número e letra não faz
Mas se eu quiser um pouquinho de água ele traz
Me pede chorando enquanto se arruma pra ir
Ser vir minha mãe, diz pra ela que vamos vencer
Cala a boca Maria
Não tente me impedir
Eu vou mostrar pra todo mundo
O que você não vê
Que você
Não tem mais nada pra fazer