Sonho de um poema caboclo

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Como te vislumbro minha cabocla amada razão de minha vida;
na escrita de meus versos nos acordes da viola na melodia que toca,
solfejo letras, sem rumos, meu poema nas lembranças da memória,
apenas em um sonho real em te querer te abraçar e beijar a sua boca, em quanto você vive nos braços de outro afoga o seu desejo de amor.
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Levanto- me corro aflito e deslizo a caneta numa folha de papel.
busco-te de verdade e componho de meu sonho um poema, visualizando na memória a sua imagem na minha solidão, conversando com a visão, antes de cair à primeira lágrima, confesso-te minha amada cabocla nordestina ainda choro por ti.
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Enlouquece-me esse renascer de paixão de amor por ti,
lágrima de uma vida teimosa que nunca existiu na verdade,
mas sinto-te em meus pensamentos num beijo profundo,
que é eternamente em meu poema é a minha cabocla amada, me beijando me amando todas as noites ate o dia amanhecer.
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Renasço em cada verso escrito em cada pensamento meu, pois o teu cheiro, em cada golfada do teu ar que respiro numa harmonia, mas de tons musical, pois você é vitoriosa linda ó amante que meu corpo estremece de amor, a morte não me assusta e nem me assombra, pois o que eu desejo não conta, ante o amor que se faz, pois é a própria solidão da vida que o amor nos traz, recolhe-se, mas vai embora invisível e dolorida pulsação explodindo meu coração.
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Peço-te amada que neste poema com palavras mal rabiscadas possa escorrer, na tua face pelo menos uma lagrima de compaixão por este amor que já foi teu, como em meus sonhos de tela ao meu lado e de beija-la teus lábios carnudos, Com todo o meu amor do mundo, pois de nada me adianta viver um minuto, a mais se quem eu amo não me querer, mas sim acordar deste lindo sonho real.

Poema de Silvio Cisterna Boby Lins.