PIRINTÁ IUIRIA (CORRENTEZA VERDE)
O verde floriu, encantou.
Desvelando a Amazônia em nós.
Navegando os rios, furos e igapós.
Não, não entre sem minha permissão,
Eu estou entre galhos jogados ao chão,
Não, não destrua o ninho de japiim,
É esse verde é como água dentro de mim.
É meu pensar é conservação,
Minha aldeia não gosta de poluição.
É meu ser “índio” não está só no cocar.
Está na consciência, no respeito com meu lugar.
Ser índio vai além de jenipapo e urucum,
Ser índio muki pirantá parana açú.
Para além da pele vermelha a mostrar,
Yepé indá iuiria parawá cumyssa.
Não, não entre sem minha permissão,
Eu estou entre galhos jogados ao chão.
Não, não, não!