A ÉGUA E O CHOCALHO DAS OUTRAS

Quando você foi embora,

E me deixou abandonado.

Quando olhei para o lado

E não vi nem a tua sombra:

Eu fiquei desnorteado,

Sem saber o que fazer!

Bateu no peito uma dor...

Só então é que fui ver.

A égua e o chocalho das outras.

Peço, pelo amor de Deus,

Abra o seu coração!

Esqueça a minha estupidez...

Preciso do teu perdão.

O mundo é de todo mundo.

Escute o que vou dizer:

Você nasceu para mim.

Sem você sei que vou ver

A égua e o chocalho das outras.

Assim que você foi embora,

Danei a molhar a palavra.

O pensamento incutido...

Quase que perdi a fala.

Foi-se embora a minha fome.

Quinze dias sem comer.

Sede, quase não senti!

Fraco, comecei a ver...

A égua e o chocalho das outras.

Peço, pelo amor de Deus,

Não me torture assim!

Te prometo, vou mudar.

Pode acreditar em mim!

Sei que ninguém é de ninguém,

Mas tá difícil te esquecer!

Nega, se tu não voltar,

De saudades eu vou ver...

A égua e o chocalho das outras.

Marcos Aurélio Mendes
Enviado por Marcos Aurélio Mendes em 29/06/2007
Código do texto: T545348