O SABIÁ DA AMAZÔNIA
O SABIÁ DA AMAZÔNIA
Tanto em Belém quanto na maior para deste colossal Estado março se destaca como a data de nascimento do maestro paraense WALDEMAR HENRIQUE, o "Sabiá da Amazônia",gênio musical que aos 14 anos de idade já emplacava o seu primeiro sucesso, "Olhos Verdes", depois "Valsinha do Marajó".
Nascido na capital em 1905, Waldemar Henrique da Costa Pereira viajaria com sua música e sua genialidade por boa parte da Europa (entre os anos 60/70 do século passado) mostrando em belos concêrtos todo o seu valor.
Mistura de Dorival Caymmi com Heitor Villa-Lobos --de quem foi contemporâneo -- WALDEMAR HENRIQUE uniu o folclore à musica erudita de forma tão perfeita que teve aceitação imediata nos dois Mundos: o das pessoas simples e o dos "barões" endinheirados.
ABAIXO: 2 momentos em homenagem ao Maestro, criações de minha autoria:
WALDEMAR HENRIQUE - O CANTO DA AMAZÔNIA
I
Quem são êles na avenida ?
"QUEM SÃO ÊLES" somos nós,
brasileiros paraenses
elevando a nossa voz,
em defesa das Diretas,
da comida e do lazer,
da liberdade e justiça,
já cansados de sofrer.
I I
Eu sou o que sou,
não o que querem que eu seja...
Cantar, sorrir e amar
é o que a gente deseja.
I I I
O "Uirapuru" da Amazônia
que encantou a nossos pais
no tempo de nossos avós,
hoje já não canta mais.
No coração de todos
deixou bonita lembrança.
Cantou o amor e a paz,
deu a todos esperança.
I V
"Hei de seguir teus passos"...
no "Trem de Alagoas" eu vou.
"Negra Dengosa", "Cabocla Malvada",
"Violeiro da Estrada" eu sou !
V (BIS)
Hoje, nada disso mais existe...
estamos todos mudos, tristes,
que saudades do Passado.
Felicidade, ouve agora a nossa voz,
abre as asas sobre nós
e vem viver ao nosso lado.
V I (refrão)
Com WALDEMAR HENRIQUE
esqueça um pouco da Vida.
Cante, sambe e brinque
com "Quem São Êles" na avenida !
É a "QUEM SÃO ÊLES" na avenida...
"NATO" AZEVEDO
*************************
OBS.: samba-enrêdo criado em 29/maio/1984, em meus primeiros dias no Pará, para participar do IX Festival da famosa Escola de Samba, de Belém. Infelizmente,contratempos diversos me impediram de fazê-lo.
************************
ENRÊDO DE UMA VIDA
I
Sou...
um pedacinho de saudade
colorindo a avenida
e relembrando a mocidade.
As alegrias desta vida
vivo (que felicidade !)
com minha Escola tão querida.
I I
Quem samba, fique...
quem não samba vá embora.
Olha, Waldemar Henrique,
é chegada a nossa hora
de cantar as suas glórias
neste torrão brasileiro.
Paraenses altaneiros
o teu nome hoje entoam.
Tuas canções como ecoam
em teu e nosso coração.
É com muita emoção
que nos juntamos, no presente,
pra cantar alegremente
tua brasileira história
e reavivar a memória
deste Amigo e nosso irmão.
I I I (refrão)
WALDEMAR,
enrique estes nossos dias
com a sua Poesia
e sua musicalidade.
Nesta hora de saudade
sinta nossa gratidão.
Paz e amor, saúde abessa
te desejamos toda a vida.
Vem brincar, que a hora é essa...
com a gente na avenida.
"NATO" AZEVEDO (1985)
********************
OBS: texto escrito em 04/março
de 2008 e só agora "descoberto".