FRIEZA

Transei a frieza das horas

medi cada palmo de atraso,

e pus no cantinho do muro

as sobras que ontem faltavam.

Despi do uniforme diário

vesti a camisa de seda;

e de violão em punho

sai pra cantar a vida.

Pensei ver meu samba agradar,

mas a frieza do público desanimado,

emudeceu meu violão e fez meu samba calar.

Marçal Filho e música de Chico Geraes
Enviado por Marçal Filho em 03/11/2015
Reeditado em 14/02/2023
Código do texto: T5436813
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