Reykjavik

Quanto mais eu ando maior fica o mundo

E de tanto espaço perdi meu lugar;

Quanto mais aprendo mais eu me confundo

E na própria língua ando a tropeçar.

Refrão

Pra lá, pra lá

Pra lá de Reykjavik o que haverá?

Sou prisioneiro deste mundo imenso

E também das penas do meu coração

E da minha sina eu às vezes penso

Que é teimosia eu não fujo não,

Não, não...

Quanto mais estico menor fica o braço,

Água dos contentes, quando hás de brotar?

Quanto mais desejo ser senhor dos passos,

Mais o meu relógio me obriga a andar.

Refrão

Pra lá, pra lá ...

Quanto mais o olhar amplia o horizonte,

Nas manhãs de junho sinto sufocar;

Me deixaste aqui mas esqueceste a ponte

E pro outro lado como hei de passar.

Refrão

Pra lá, pra lá ...

(Brasília/77 -Copenhague/79 - Brasília/2014)

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William Santiago, Reinaldo "Rohr" Pereira e Gustavo Gontijo
Enviado por William Santiago em 22/10/2015
Reeditado em 02/11/2021
Código do texto: T5423558
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