Voltar para o sertão
Quando eu vim embora
Peguei minha viola
E o matulam
Nem imaginava
Que a saudade malvada
Fizesse morada
Em meu coração
Quanto mais eu andava
Mais ainda eu lembrava
Das coisas do meu sertão
E o vento fazendo poeira
Na terra seca do chão
Lá deixei meu cavalo
Aquele garrote pintado
Que comia na minha mão
Também ficou meu cachorro
Meus pais e meus irmãos
Ficaram minhas brincadeiras
Aquele pé de roseira
Bem ao lado do portão
E a minha Maria
Que há poucos dias
Pedi a sua mão
Mas tenho ainda a esperança
Que quando no sul eu chegar
Vou fazer cantoria
E o sucesso eu alcançar
Pego o caminho de volta
É no sertão
Que eu quero morar