A ZOMBARIA DE ZEUS
Dos mistérios que a vida escondeu-me
Do degredo, um segredo escapou
E de onde essa dúvida enfim surgiu
Ninguém sabe, ninguém viu e nem falou
A escória do passado ainda vive
E deprime o futuro do pretérito
Mas, de longe sinto o cheiro nauseabundo
Do poço fundo, duma casta e seus deméritos
Tal enigma, ainda está por decifrar
Escondido nos escombros das mansões
E das taças já salobras, sinto o gosto
Dos dejetos que apodrecem nos porões
Começo a entender o tamanho dos ardis
E volto a perceber que minha égide é falsa
Então nova certeza não é mais imaginária
E Zeus continua tentando enganar-me novamente.