CANTO PARA OS ÚLTIMOS ÍNDIOS

Na ponta de lança de um Tamoio

Eu vi um dourado pescado no rio

Na pedra do bodoque de um Guarani

Eu vi muita caça para os curumins

A minha visão do brilho se perdeu

E meu desencanto busca sempre outro tema

Porque o que vejo, traduz a revolta

Que tão sem propósito, transforma em dilema

E a selva do ontem que fora tão densa

No hoje as clareiras aumentam demais

Então nossas tribos que foram tão belas

Definham e se extinguem, pelas mãos dos boçais

Ando por aqui com tanta covardia

Aguardo na surdina uma nova atitude

Eu quero ver o dia da justiça sendo feita

E que os grileiros se enterrem nos grilhões.

Marçal Filho e Chico Geraes compôs a música...
Enviado por Marçal Filho em 06/09/2015
Reeditado em 11/05/2024
Código do texto: T5372271
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