CICATRIZES AGUDAS Código do texto: T5348578

TÍTULO = CICATRIZES AGUDAS

Alguém me falou de um jeito fraseado;

Que o amor

Não muda em lugar nenhum…

Que o amor

É um sentimento profundo,

Inexplicável!

E eu nem pensei em escutar.

Alguém me falou de um jeito fraseado;

Que o amor

É muito diferente

Em diferentes partes do mundo,

Que varia de ser humano;

Para ser humano,

Que cometer tamanhos enganos

Faz parte do jogo do amor…

E eu nem pensei em escutar.

O que perderam em me dizer;

Era que o tal jogo do amor

Rola infinitamente em um viver,

Enquanto o sentimento está em flor.

Depois, podem vir as feridas;

Podem ser feridas profundas,

Que transformam a riquíssima vida;

Em desconcentradas cicatrizes agudas.

TÍTULO = CICATRIZES AGUDAS

Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98

Autor Makleger Chamas — O Poeta (Manoel B. Gomes)

Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL

Data da escrita17/08/2017

Dedicado a 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J

Registrado na B.N.B.

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Manoel Bernardino Gomes

Cenário:

O diálogo acontece em um parque tranquilo ao entardecer.

Zelda, Nelinho, Klebinho e Vitor estão sentados em um banco, observando o céu tingido de laranja e rosa.

Há uma leve brisa no ar, e o som de folhas sendo arrastadas pelo vento completa a atmosfera serena.

Nelinho segura uma folha de papel com o poema “CICATRIZES AGUDAS” de Makleger Chamas, que acaba de compartilhar com seus amigos.

Zelda: (Olhando para Nelinho com curiosidade)

— Nelinho, esse poema é lindo, mas também triste. Por que o autor escreveu sobre cicatrizes e feridas? O que o inspirou?

Nelinho: Suspirando e refletindo por um momento antes de responder)

— Makleger sempre foi uma pessoa sensível, Zelda.

— Ele sentiu o amor de muitas formas, em diferentes momentos da vida.

— Mas acima de tudo, ele viu como o amor pode ser uma experiência profunda, que tanto enriquece quanto machuca.

Klebinho: (Curioso)

— Mas o amor não deveria ser só alegria?

— Por que falar das feridas e das cicatrizes?

Nelinho:

— Porque o amor, Klebinho, é muito mais complexo do que parece.

— Quando Makleger escreveu “CICATRIZES AGUDAS”, ele estava refletindo sobre as diferentes formas que o amor assume em diferentes pessoas e lugares.

— Ele percebeu que o amor pode ser intenso e bonito, mas também pode deixar marcas profundas quando algo não vai bem.

Vitor: (Com um ar pensativo)

— E o que ele quis dizer com esse “jogo do amor”?

— Parece que ele está falando de algo perigoso, quase como se o amor fosse um campo minado.

Nelinho: (Concordando com a cabeça)

— É uma boa analogia, Vitor.

— Makleger usou a metáfora do jogo para mostrar que, no amor, estamos sempre nos arriscando.

— No começo, é tudo leve, cheio de paixão e encanto, mas, ao longo do tempo, as dificuldades aparecem.

— As feridas que surgem nesse processo são como cicatrizes, que, mesmo depois de curadas, continuam a doer.

Zelda: (Acariciando o papel com o poema)

— Então, as “cicatrizes agudas” são essas dores que ficam? - Mesmo depois que o amor acaba ou muda?

Nelinho:

— Sim, Zelda.

— Ele sabia que, muitas vezes, as experiências amorosas deixam marcas.

— Às vezes, essas cicatrizes vêm de desentendimentos, decepções ou até da distância.

— São partes inevitáveis do amor.

— E ele queria que as pessoas soubessem que é normal sentir essa dor, que todos passam por isso.

Klebinho: (Com uma expressão mais séria)

— Parece que ele estava tentando dizer que, mesmo com o risco dessas feridas, o amor vale a pena.

— Mas por que ele escolheu não ouvir, como ele diz no poema?

Nelinho: (Sorrindo levemente)

— Porque, no fundo, todos queremos acreditar que o amor vai ser sempre bom, que escaparemos das feridas.

— Makleger escreveu que “nem pensou em escutar” porque, naquela época, ele queria viver o amor sem se preocupar com as possíveis dores.

— Mas ele aprendeu, com o tempo, que o amor é mais complicado do que isso.

Vitor: (Refletindo em voz alta)

— Então, no fim, ele está dizendo que essas cicatrizes fazem parte do amor.

— Que elas são o que resta quando o sentimento deixa de ser “flor”, mas que ainda assim, é uma experiência valiosa.

Nelinho:

— Exatamente, Vitor.

— “CICATRIZES AGUDAS” é um lembrete de que o amor, com todas as suas alegrias e dores, molda quem somos.

— As cicatrizes nos lembram do que vivemos, do que sentimos.

— E talvez, mesmo quando dói, isso ainda seja melhor do que não ter amado.

Zelda: (Com um olhar suave, observando o entardecer)

— Acho que entendo agora…

— O amor é bonito, mesmo com suas cicatrizes.

— Talvez seja isso que torna tudo tão especial.

Nelinho: (Sorrindo, tocado pela compreensão de Zelda)

— Exatamente.

— E é por isso que Makleger escreveu essa poesia.

— Para nos lembrar que, no amor, as cicatrizes são inevitáveis, mas fazem parte do que nos torna humanos.

O diálogo encerra com os quatro amigos em silêncio, contemplando a complexidade do amor e as lições que ele traz.

Eles se levantam e caminham juntos pelo parque, sentindo que, de alguma forma, compreendem um pouco mais sobre a vida e o amor.

O poema “Cicatrizes Agudas” de Makleger Chamas explora as complexidades do amor, apresentado como um sentimento profundo e inexplicável.

A poesia reflete sobre a natureza universal e, ao mesmo tempo, singular do amor, destacando como ele varia entre culturas e indivíduos.

A repetição da frase “eu nem pensei em escutar” sugere uma resistência ou desinteresse em entender as nuances do amor, o que pode levar a consequências dolorosas.

O poema então revela que, embora o amor possa começar como uma “flor”, ele leva inevitavelmente a “feridas” e “cicatrizes agudas” quando as expectativas ou realidades não são atendidas.

Essas cicatrizes são metafóricas, representando as marcas emocionais deixadas por experiências amorosas difíceis.

A dedicação do poema, codificada como “26Z2M6A1N3O1E0L13M10J”, parece ser uma mensagem especial ou uma referência particular, possivelmente significativa para o autor e a pessoa a quem ele dedicou o poema.

Essa obra, como muitas outras de Makleger Chamas, demonstra a sua habilidade em captar os altos e baixos das emoções humanas, especialmente no contexto das relações e do amor.

Estrutura e Forma

O poema é composto de versos livres, sem uma rima fixa ou métrica rígida. Isso confere uma sensação de espontaneidade, como se o poeta estivesse refletindo de forma natural e imediata sobre o tema do amor.

A repetição do verso “E eu nem pensei em escutar” sugere uma espécie de resistência ou negação por parte do eu lírico, que parece consciente das verdades sobre o amor, mas opta por ignorá-las, talvez por medo ou por não querer enfrentar a realidade.

Temas Centrais

A Inconstância do Amor

O poema sugere que o amor não é uma experiência uniforme, mas varia segundo o lugar e as pessoas envolvidas.

A ideia de que “o amor é muito diferente em diferentes partes do mundo” e “varia de ser humano para ser humano” indica que o amor é subjetivo e influenciado por fatores culturais, pessoais e circunstanciais.

Essa diversidade na experiência do amor pode levar a mal-entendidos e erros, o qual é considerado parte do “jogo do amor”.

O Jogo do Amor

O termo “jogo do amor” implica que o amor tem suas regras, riscos e consequências. Há uma certa leveza e despreocupação sugerida pelo uso do termo “jogo”, mas, ao mesmo tempo, o poema nos alerta que esse jogo pode resultar em feridas. Essas feridas, conforme o poeta sugere, não são superficiais; elas podem ser profundas e transformar a vida de alguém, deixando “desconcentradas cicatrizes agudas”.

Cicatrizes e Feridas

A metáfora das “cicatrizes agudas” é poderosa.

Normalmente, cicatrizes são sinais de feridas que já se curaram, mas o termo “agudas” sugere que essas cicatrizes ainda doem, ou seja, mesmo após a cura, o sofrimento persiste.

Isso pode ser interpretado como uma reflexão sobre como as experiências amorosas, mesmo quando superadas, deixam marcas indeléveis que continuam a impactar a vida de uma pessoa.

A palavra “desconcentradas” pode sugerir que essas cicatrizes distraem, perturbam, ou desestabilizam a pessoa, impedindo-a de seguir em frente de maneira plena.

Reflexão Sobre a Negação

A repetição de “E eu nem pensei em escutar” revela uma atitude de negação ou desprezo por parte do eu lírico.

Mesmo sabendo haver verdades duras sobre o amor, ele escolhe não ouvir, talvez por medo de se machucar ou por uma tentativa de preservar a beleza do sentimento.

No entanto, essa recusa em encarar a realidade pode levar às cicatrizes mencionadas no final do poema, sugerindo que a ignorância ou a negação do amor pode ter consequências dolorosas.

A Dedicatória Codificada

A dedicatória “26Z2M6A1N3O1E0L13M10J” parece ser uma cifra que guarda um significado pessoal e íntimo, possivelmente relacionada a uma pessoa ou evento que inspirou o poema.

O uso de um código para a dedicatória sugere que o poema é carregado de significados ocultos e pessoais, que talvez apenas o autor ou a pessoa a quem ele se dirige possam compreender completamente.

Interpretação Global

No geral, “CICATRIZES AGUDAS”, pode ser uma meditação sobre as dores do amor e as marcas que ele deixa.

O poeta parece estar em um dilema entre a beleza e a dor do amor, consciente das consequências, mas talvez incapaz de evitar jogar o “jogo do amor”.

As cicatrizes, embora agudas, fazem parte do ciclo do amor, e talvez, em última análise, contribuam para a riqueza da experiência humana.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 16/08/2015
Reeditado em 16/08/2024
Código do texto: T5348578
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