A LIBERDADE do CONHECIMENTO e o CONHECIMENTO da LIBERDADE... "Seja como os pássaros que, ao pousarem um instante sobre ramos muito leves, sentem-nos ceder, mas cantam! Eles sabem que possuem asas". (Victor Hugo).
O Que Será (À FLOR da Terra).
Chico Buarque.
Exibições – 382.075
O que será, que será?
Que andam SUSPIRANDO pelas alcovas
Que andam sussurrando em VERSOS E TROVAS
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças, anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Que estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza
Está na NATUREZA.
Será, que será?/O que não tem certeza nem nunca terá/O que não tem conserto nem nunca terá/O que não tem tamanho.
O que será, que será?
Que VIVE nas ideias desses AMANTES
Que CANTAM os POETAS mais delirantes
Que juram os PROFETAS embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na FANTASIA dos infelizes
Que está no DIA a DIA das meretrizes
No plano dos bandidos, dos desvalidos
Em todos os SENTIDOS.
Será, que será?/O que não tem decência nem nunca terá/O que não tem censura nem nunca terá/O que não faz sentido.
O que será, que será?
Que todos os avisos não vão evitar
Por que todos os risos vão desafiar
Por que todos os SINOS irão REPICAR
Por que todos os HINOS irão CONSAGRAR
E todos os MENINOS vão desembestar
E todos os DESTINOS irão se encontrar
E mesmo o PADRE ETERNO que nunca foi lá
OLHANDO aquele inferno vai ABENÇOAR
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo.
O que será, que será?/Que todos os avisos não vão evitar/Por que todos os RISOS vão desafiar/Por que todos os SINOS irão REPICAR/Por que todos os HINOS irão CONSAGRAR/E todos os MENINOS vão desembestar/E todos os DESTINOS irão se encontrar/E mesmo o PADRE ETERNO que nunca foi lá/OLHANDO aquele inferno vai ABENÇOAR/O que não tem governo nem nunca terá/O que não tem vergonha nem nunca terá/O que não tem juízo.
Segundo a Revista Bula, o que também é confirmado pela Wikipédia, esta música é de 1976. Existem duas versões: O Que Será (À FLOR da TERRA) e O Que Será (À FLOR da Pele). Há quem diga que existe uma terceira versão. Não tenho certeza. Como FLOR nasce na TERRA, fico com À FLOR da TERRA. Os arranjos musicais também são diferentes. Gosto do arranjo mais agitado, e, portanto um pouco mais alegre.
Olhos Nos Olhos
Chico Buarque
Exibições – 1.079.674
Quando você me deixou, meu BEM
Me disse pra ser FELIZ e passar BEM
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci.
Quando você me quiser rever/Já vai me encontrar refeita, pode crer/OLHOS nos OLHOS, quero ver o que você faz/Ao sentir que sem você eu passo BEM demais.
E que venho até REMOÇANDO
Me pego CANTANDO
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me AMARAM
BEM mais e melhor que você.
Quando talvez precisar de mim/Cê sabe que a CASA é sempre sua, venha SIM/OLHOS nos OLHOS, quero ver o que você diz/Quero ver como suporta me ver tão FELIZ.
A música OLHOS nos OLHOS também é de 1976. Entre a BOSSA e a FOSSA, permaneço com a BOSSA. Gosto não se discute, é o que dizem. Mas existem músicas e existem músicas. Atualmente continuam fazendo muitas músicas. Música vírgula. Estão fazendo muito BARULHO. Melhor dizendo, BAGULHOS.
Pedaço de Mim.
Chico Buarque.
Exibições – 324.903
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu OLHAR
Que a SAUDADE é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar.
Oh, pedaço de mim/Oh, metade exilada de mim/Leva os teus sinais/Que a SAUDADE dói como um BARCO/Que aos poucos descreve um arco/E evita atracar no cais.
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a SAUDADE é o revés de um parto
A SAUDADE é arrumar o quarto
Do FILHO que já morreu.
Oh, pedaço de mim/Oh, metade amputada de mim/
Leva o que há de ti/Que a SAUDADE dói latejada/É assim como uma fisgada/No membro que já perdi.
Oh, pedaço de mim
Oh, metade ADORADA de mim
Lava os OLHOS meus
Que a SAUDADE é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do AMOR
Adeus.
A música “Pedaço de Mim” de Chico Buarque é de 1978. Ao pesquisarmos as músicas de Chico Buarque, as fontes mais procuradas foram a Revista Bula e a Wikipédia.