A gente quer ficar
Quando um abraço encaixado
Num afago espontâneo
De um apego bem da alma
Aos corpos vem juntar
Tão secundários são os danos
Decorrentes de um futuro
Que a gente nem pensava
Viesse a transformar
Quando se está desacostumado
Ser tomado de assalto
E sentir-se suavemente
Eletrizado sem nem cogitar
Pasmo de surpresa e euforia
Numa busca sem perspectivas
Que a razão divagaria
E se perderia a procurar
E do lado esquerdo do peito
Num direito de existência
Revela-se um novo dono
De um destino indefinido a controlar
Um abraço fatal que quebra palavras
Milagre e encanto que até então
Nem se acreditava
A gente quer ser ver
A gente quer...
A gente quer se falar e se abraçar
A gente quer ser ver
A gente quer...
A gente quer ficar