MEU BATENTE

Levanto cedinho preparo a marmita, dou tchau pra nega

Corro pra esquina de olhos atentos

Logo a condução vai passar

Chego no batente, disposto, valente, todo sorridente

Mas vem o chefe chato descontente, doido pra me aporrinhar.

Começa dizendo chega de moleza, não quero fraqueza

Aqui na minha Empresa, temos metas pra alcançar

Só vivo no arrocho, contando moedas com conta vencida,

Tenho que mudar o rumo dessa vida não quero mais blábláblá.

Se paro um pouquinho, pego um cigarrinho e começo a enrolar

Logo vem o chato com a correria sempre a gritar

-Qualé seu Mané, meu tempo é dinheiro

Ele é precioso, saiba não vou falar de novo

Deixe o cigarro de palha pra lá, (deixa pra lá).

Retorno às cinco se Deus quiser, a nega me espera

Toda bonitinha, cheirosa e dengosa

Pedindo carinho e quer passear

E eu quase morto com dor na coluna todo empenado

De bolso vazio, não tenho um centavo pra gente gastar.

Esse é meu batente...

Desse jeito não dá (bis)

O pior que a história, amanhã é a mesma volto a labutar

Esse é meu batente...

Marçal Filho e Gilson Panta
Enviado por Marçal Filho em 29/07/2015
Reeditado em 11/02/2023
Código do texto: T5327721
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