O Silêncio dos que não mentem
O Silêncio dos que não mentem
Sempre fui um cara simples / pouco dinheiro
Cantando pela vida inteira / no chuveiro
Toda vida me amarrei / no que desejo
Consigo ver de toda forma / o mundo inteiro
Rondando aqui ao meu redor / em desespero
Não me vejo mais parado / desço sem freio
Como uma criança alegre / no recreio
Que brinca / que corre / que grita / e não tem receio
Tudo tem que ser agora / e para sempre
Da melhor forma que a vida / se me apresente
Ver o lado bom de tudo /é um presente
Observando o silêncio / dos inocentes
Vejo tudo que aparece / na minha vida
Sempre pra frente / sem despedida
Gosto de sair às vezes / à francesa
Adoro que falem comigo / com franqueza
Não como quem fala / quem grita / quem berra como / quem se acha
Quem pensa que é melhor que a gente / ou mais inteligente
Quem vive sempre se enganando / peneira na fronte
Que tomba, cai e mente / como um doente
Tudo tem que ser agora / e para sempre
Da melhor forma que a vida / se me apresente
Ver o lado bom de tudo / é um presente
Observando o silêncio / dos inocentes
Fome quando dói, corrói, destrói, constrói / Criança brinca, adulto julga, idoso entende / Corpo parado, cabeça correndo, tempo passando / Coração aberto permite entradas sem aviso prévio / Faço como faria um ideal de índio livre: certo, bem feito, e para si.
Tudo tem que ser agora / e para sempre
Da melhor forma que a vida / se me apresente
Ver o lado bom de tudo / é um presente
Observando o silêncio / dos inocentes
Quem no peito bate pedra / e sangra intermitente
E pensa que a vida é pra ser mágica / como se fora um duende
Que age como um “porra-louca” / inconsequente
E sente que não foi capaz / mas não olha pra frente
Tudo tem que ser agora / e para sempre
Da melhor forma que a vida / se me apresente
Ver o lado bom de tudo / é um presente
Observando o silêncio / dos que não mentem.
Maerson Meira / Pedro Jácome (intervenções)
21/07/2015