RIMA SOLTA
Noutra ponta da retórica,
existe a linha da razão,
lá o poeta alinha o verso,
para tecer, novo perdão.
E da temática desenvolta,
os anseios vêm do querer,
eis que o poeta solta a rima,
para outro poema surgir.
Se os desígnios sucumbem
entre os versos da ilusão,
o poeta então se perde,
entre o amor e a solidão.
O poeta é mesmo um ser,
muito fora do contexto,
inventa novo rimar
mesmo sem qualquer pretexto.