SAGRADA PEREGRINAÇÃO
Às vezes é bom andar por alguma rua da cidade à noite às sete horas
Com um frio cortante atravessando meus passos
Porque por um momento eu penso
Que consegui entender o mundo
E um sentimento de poder tão bom habita meu coração
Mas é mentira
Uma caminhada de quinze minutos ou mais é apenas uma tentativa
De enganar tantas dúvidas e confusões
E de repente dá uma vontade de gritar
Não me resta mais nada, apenas gritar
Esqueço o que um dia fui
Tudo fica frio e acredito não ter explicação
E não adianta surtar, chorar ou fugir para alguma ilha distante
Como se fosse uma sagrada peregrinação
Porque ao chegar à ilha, descubro que levei meus pesadelos
E a todo custo tento sair dali
Fora dela percebo que não prestei atenção
O tempo todo, a ilha era eu
Então, criar mágicas sem ter treinado o suficiente
É andar na rua por quinze minutos, nada mais
Pois entender o mundo é muito mais do que fazer coisas sem parar
É mais do que deixar minha mente trabalhando e meu corpo em movimento
Compreender a pior parte da vida
Nas noites geladas da cidade
Ou nos falatórios entediantes de uma sala de faculdade
É um exercício de paciência e observação
É guardar e controlar uma ansiedade infantil
Gosto de andar por aí
Sair do cinema e ver as pessoas namorando em paz
Como se o prazo no lacre nunca fosse expirar
É a esperança de um dia conseguir ser assim também.
E de repente me dá novamente uma vontade de gritar
Não me resta mais nada, apenas gritar
Mas não grito
Eu seria apenas um louco querendo aparecer.
Às vezes é bom andar por alguma rua da cidade à noite às sete horas
Com um frio cortante atravessando meus passos
Porque por um momento eu penso
Que consegui entender o mundo
E um sentimento de poder tão bom habita meu coração
Mas é mentira
Uma caminhada de quinze minutos ou mais é apenas uma tentativa
De enganar tantas dúvidas e confusões
E de repente dá uma vontade de gritar
Não me resta mais nada, apenas gritar
Esqueço o que um dia fui
Tudo fica frio e acredito não ter explicação
E não adianta surtar, chorar ou fugir para alguma ilha distante
Como se fosse uma sagrada peregrinação
Porque ao chegar à ilha, descubro que levei meus pesadelos
E a todo custo tento sair dali
Fora dela percebo que não prestei atenção
O tempo todo, a ilha era eu
Então, criar mágicas sem ter treinado o suficiente
É andar na rua por quinze minutos, nada mais
Pois entender o mundo é muito mais do que fazer coisas sem parar
É mais do que deixar minha mente trabalhando e meu corpo em movimento
Compreender a pior parte da vida
Nas noites geladas da cidade
Ou nos falatórios entediantes de uma sala de faculdade
É um exercício de paciência e observação
É guardar e controlar uma ansiedade infantil
Gosto de andar por aí
Sair do cinema e ver as pessoas namorando em paz
Como se o prazo no lacre nunca fosse expirar
É a esperança de um dia conseguir ser assim também.
E de repente me dá novamente uma vontade de gritar
Não me resta mais nada, apenas gritar
Mas não grito
Eu seria apenas um louco querendo aparecer.