ENTRE ÁGUAS E ESPELHOS

Não consigo mais olhar pra mim

E ver você sempre partindo

Porque cada dia novo

Dói mais que a primeira vez

Loucura, razão, sofrimento, paz e fé

Já senti e rejeitei tantas vezes

Que se tornaram sem querer

Iguais a você parte de mim

Vou tentar sobreviver cicatrizado

Mesmo querendo me ferir outras vezes

Nos seus abraços e lábios

Nessa força estranha que foge de você

E se exila em mim por mais tempo

Que o vício, o vinho, a ressaca e o ar

Amor doçura-amarga. Querer – resistir

Mais que conjuga a solidão-saudade

Lutar contra as consequências dos fatos

Sentir liberdade que não existe

No íntimo escuro-claro abismo dessa prisão

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 15/06/2015
Reeditado em 15/06/2015
Código do texto: T5277958
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