Minha sabedoria
Me ajude minha viola
Me dê uma bela melodia
Que quebre do peito a gaiola
Pra entrar sabedoria.
O que sei hoje da vida
É quase nada, é muito pouco
Vi coisa que Deus duvida
E nunca me fiz de mouco.
Vou indo pela subida
Desço ladeira na vinda
Devagar ou na corrida
O caminho um dia finda.
Tem dia de chuvarada
Outro de seca medonha
Que beleza é a alvorada
E não ter medo de peçonha.
Desprezo gente covarde
Aprecio a pessoa sincera
Pra alguns o inferno arde
Os outros o paraíso espera.
Quero saber as leis da vida
E dar a elas o meu respeito
Ao amor vou dar guarida
Se ele chegar ao meu peito.
E quando a minha estrada
Achar o seu ponto final
Não quero enxergar nada
Em que eu tenha sido brutal.