SÓ MAIS UM INDIGENTE

Era como se não fosse nada

na contra mão dum descaso vil,

o paladino bruxo tem visão de fada,

nova versão do ateu, à caça do hostil.

Era o oposto de todo lado bom,

aberração maior que o monstro da lagoa,

um mascarado dentro do disfarce,

jogando fora tudo que de dentro entoa.

O mesmo descaso pra um velho enredo,

por onde o medo pede passadio,

sumo da discórdia, tônica do mal,

só mais um boçal perdido em desvario.

E morre Juvenal no meio da Paulista,

mais um indigente sem um funeral,

assim caminha o descaminho torto,

pedaço dum sistema frio e imoral.

O mesmo descaso pra um velho enredo,

por onde o medo pede passadio,

sumo da discórdia, tônica do mal,

só mais um boçal perdido em desvario.

E morre Juvenal no meio da Paulista,

mais um indigente sem um funeral,

assim caminha o descaminho torto,

fruto dum sistema frio e imoral.

E o caos, vive abraçado à solidão do tempo.

Marçal Filho e Nilo Carvalho compôs a Música
Enviado por Marçal Filho em 19/05/2015
Reeditado em 27/07/2024
Código do texto: T5246743
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