SÓ MAIS UM INDIGENTE
Era como se não fosse nada
na contra mão dum descaso vil,
o paladino bruxo tem visão de fada,
nova versão do ateu, à caça do hostil.
Era o oposto de todo lado bom,
aberração maior que o monstro da lagoa,
um mascarado dentro do disfarce,
jogando fora tudo que de dentro entoa.
O mesmo descaso pra um velho enredo,
por onde o medo pede passadio,
sumo da discórdia, tônica do mal,
só mais um boçal perdido em desvario.
E morre Juvenal no meio da Paulista,
mais um indigente sem um funeral,
assim caminha o descaminho torto,
pedaço dum sistema frio e imoral.
O mesmo descaso pra um velho enredo,
por onde o medo pede passadio,
sumo da discórdia, tônica do mal,
só mais um boçal perdido em desvario.
E morre Juvenal no meio da Paulista,
mais um indigente sem um funeral,
assim caminha o descaminho torto,
fruto dum sistema frio e imoral.
E o caos, vive abraçado à solidão do tempo.