A PAIXÃO NÃO CRIOU ASAS

Ainda olho em direção àquela casa,

Pra ver se vejo, ao menos, o teu olhar.

Dentro de mim, a paixão não criou asas.

O corpo ainda queima desejando te amar.

Faço questão de passar na mesma rua,

Olhar a lua... imaginando te beijar.

Sentindo o corpo, o toque na pele tua...

E deste sonho, nunca mais me acordar.

Como vai você? Tá tudo bem?

Eu vou tentando me agüentar.

Me segurando - vou vivendo por viver.

Te procurando - eu vou tentando me encontrar.

Como te esquecer,

Se o coração não quer ninguém em teu lugar?

De porta aberta, continua te esperando.

Se ajeitando... pra quando você voltar.

Esfacelado, solitário...tal qual a lua.

Abandonado, tá feito menino de rua.

Marcos Aurélio Mendes
Enviado por Marcos Aurélio Mendes em 12/06/2007
Código do texto: T523330