Seu Onófrio !

Eu lembro dele com espora e chapéu,

Quando com gosto dominava um corcel.

Vendo o cavalo que suava e tremia,

E meu pai assim sorria, o sorriso era o troféu.

Eu lembro dele nos touros de montaria,

Quando com a morte ele brincava e sorria.

A multidão espantada sentia medo,

Meu pai tinha esse enredo, coragem no sangue bom.

Eu lembro dele no discurso de trovão,

Em seu desejo de direito pra nação.

Quando falava, eu via o brilho dos seus olhos,

A emoção de sua vós, no pulsar do coração.

Hoje eu vejo no olhar de meus irmãos,

O mesmo brilho e também o coração.

Esse desejo de justiça e de verdade,

A pujança e a coragem a força do sangue bom.