SEM FILTROS, NEM PUDOR

Eu já não sei o que falar, nem fazer

Mas não vou insistir pra você se lembrar

Nem por isso vou me esquecer

Você vai discordar e mesmo sem querer vai perceber

Que nem sempre respostas sinceras

Amenizam as frustrações desses porquês

Não vá me culpar, nem se absorver

Não vá se trair, nem se arrepender

Sem antes pelo menos entender

Que os quereres e a paixão são selvagens

E não vão nunca viver domesticados em nós como o amor

Não vais se encontrar, fugindo, tramando, ameaçando

Se desconhecendo aos poucos, devorando e se devorando

Roçando, gozando ou não, mas querendo, se desfigurando

Como se existisse mais liberdade, segurança e paz na multidão

Não vais se inocentar, refazendo, encenando, manipulando

Sorrindo outra vez, chorando, e até sangrando

Vendendo ilusões, acreditando, corrompendo, e se subornando

Se mudando, continuando, se especializando em se desumanizar

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 28/04/2015
Reeditado em 28/04/2015
Código do texto: T5223815
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.