A sonata dos lábios fora concebida quando cessou a cena

atômos chocaram-se ao som da batida daqueles lábios

que soou com a maciez de um amarone transeunte num paladar apreciador

o som ao redor no ato do abraço

o passo seguinte, pausado

assim como o tempo, suspenso

restou o espaço para a batida das pálpebras

que oscondiam aqueles olhos durante o sono

olhos que carregavam vulcões e desertos,

furor, e uma cumplicidade com profanos horizontes.

Estava evidente o intenso aroma da eternidade

que acabaria minutos depois

mas deixaria na memória desse encontro sem contrapartida,

a possibilidade d'outro,

o tanino e amargo do chcolate,

Cada labirinto pela sonata induzido,

e a espera do jazer da noite