Marujada

Eu, nesta vida, sou marinheiro

Dos verdes mares dos olhos teus.

Pressinto até que a estas ondas

Jamais em vida direi adeus,

Pois é mentira que porto exista

Nos verdes mares dos olhos teus.

Pra que tanto mar, marujada?

(repete)

As águas claras – que fingimento –

Escondem tanto dos olhos teus...

Quem não viaja nem acredita,

Mas eu insisto, juro por Deus.

A travessia...os mil perigos...

Os verdes mares dos olhos teus

Pra que tanto mar, marujada?

(Repete)

Meu barco hoje não tem nem vela

Nos verdes mares dos olhos teus.

Pobres meus olhos, tanto lutaram,

Por isso mesmo estão sandeus:

São prisioneiros das calmarias

Dos verdes mares dos olhos teus.

Pra que tanto mar, marujada?

(repete)

(Pitangui, MG/67)

Quem quiser ouvir a melodia, composta por Carlos Valença, acesse o link:

https://www.youtube.com/watch?v=C-d-9ViLkzY

(Conheça a Banca Cultural Copacabanca - 208 Sul - Brasília - DF)

William Santiago
Enviado por William Santiago em 22/04/2015
Reeditado em 09/03/2021
Código do texto: T5216158
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