(Mark Rothko)
a cor vazando o vazio
escorre por entre as paredes
do encantamento
os olhos
brilham
quando captam
a poesia
nos quadros
carregados
de magia
as pinceladas
se avolumam
e sangram
amarelos tardios...
e o silêncio espeta-nos
com a incredulidade das surpresas
deixando cair da paleta
o amarelo e o laranja
para que o vermelho
vista-se de esfinge