O MAU PATRÃO - GERSON AMARO

O MAU PATRÃO

GERSON AMARO

Certa vez eu cheguei na fazenda

Uma briga já foi estava se armando

O patrão e eu de empregado

"Nois" dois juntos quase se pegando

O patrão me deu um ultimato

“ Na invernada meus bois tão fartando

Hoje eu volto com a policia

E pro xadrez um já vou mandando

Então eu que estava mais calmo

Já fui logo então lhe avisando

“O meu trato aqui com o senhor

É da fazenda eu ir cuidando

Mas prometo então pro meu patrão

Se achar que eu estou roubando

Eu me entrego para o delegado

Mas só se o senhor já ir provando”

A policia então chegou logo

E as pistas já foi procurando

Vieram então me perguntar

Se o patrão eu tava enganando

“Delegado eu sou muito simples

Se quiser eu já vou explicando

Ontem eu passei o dia inteiro

Na igreja eu estava rezando”

“Ontem foi dia 12 de outubro

Data da santa que tanto amo

Nossa Senhora de Aparecida

Que me protege durante o ano

Pode perguntar a todo mundo

A fé que eu tava professando

Dia e noite fiquei na igreja

Uma promessa eu tava pagando”

A policia achou então um rastro

Grande pista que estava faltando

Uma marca de uma bota grande

Da pessoa que estava roubando

Ao olhar para o pé do patrão

A bota já foi se igualando

Era então o golpe do seguro

Que o patrão estava aplicando

Realmente um foi pro Xadrez

Mas quem estava me acusando

O patrão quis bancar o esperto

Dinheiro fácil tava ganhando

Mas eu tenho a minha proteção

Minha mãe do céu abençoando

Minha Mãe Senhora Aparecida

Que me livra de todo engano