VELHO ABUSADO
Não sai da porta do boteco velho abusado rei do xaveco!
Falou umas besteiras pra mina do Neco já podia até ter levado “uns teco”!
No bar do bigode, tremendo pagode, a turma do sacode e o bicho pegando!
Altas horas da madrugada ele surge do nada e vem rodopiando!
Dançando fora do compasso, precisa de espaço, vai abrindo os braços!
Ainda bem que ele é conhecido senão esse velho já teria morrido!
Ô meu senhor, deixa de ser vacilão...
Desencosta da parede, mesmo se tiver sede não toma mais não!
Senta ali no cantinho, naquele banquinho no fim do balcão...
No pagode também tem família, olha a sua própria filha c’a cara no chão
Dizem que no baile da Fepasa o velhinho arrasa é um pé de valsa
Dança baião, samba, rumba, bolero, rock, forró, tango, mambo e salsa
Como é que pode aqui no nosso pagode ele se transformar nesse mala sem alça!
Ô meu senhor...