ZÉ CAVANHAQUE VACILOU PRA SUBIR
Chegou Zé Cavanhaque
Tomou mais de um conhaque
Pediu três fichas de bilhar
Tinha um sujeito magro num canto
Chorava a mágoas ensaiava um pranto
Pediu fiado ao dono do bar
Que, prontamente, respondeu num palavreado ensaiado:
"Pensei no meu futuro, vagabundo, e lembrei do meu passado,
Hoje eu não caso mais, nunca mais vendo fiado!"
Sujeito corajoso, mas que vacilou bastante
Apesar de um pouco idoso, demonstrou ser mau comerciante!
Que não vendesse, mas não humilhasse assim
Aquele sujeito que nunca tinha adentrado o seu butiquim.
Zé Cavanhaque, também, nessa hora demonstrou ser menos vivido
Presenciou a humilhação - com um taco na mão - desafiou o desconhecido!
Que entrou de sola e já estourou derrubando
Mais de uma bola por caçapa, fez um rapa e saiu zuando...
Zé Cavanhaque traiçoeiro c'uma tacada fez um taio
Na cabeça do sujeito que era papeiro na treze de maio
Recém-saído do presído e que só da morte em repeteco
Fuzilou Zé Cavanhaque e também o dono do boteco.
E ainda disse assim: Não carrego desaforo, nem vivo de namoro
com gente otária!