Quando morre a música
Quando o saber já não importa,
E o "ser" já não basta,
O querer não realiza,
Tudo é vão...
Quando a música está morta,
A poesia se afasta,
E os versos, como a brisa,
Vem e vão...
Quando de amor já não se sabe,
A rotina se instala,
E o remédio não é mais
Um violão...
Quando na alma já não cabe
A tristeza que abala
E, de tudo que era cais,
Só solidão...
E você corre, foge para algum lugar
Sente o medo... Medo de se encontrar
Mas de si mesmo não tem como se esconder
E briga com o sono a cada noite, esperando amanhecer..
A vida se torna um hábito qualquer
E, dos dias, tudo o que se espera é o fim