O Bom escravo - Gerson Amaro

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O Bom Escravo - Gerson Amaro

Moda nova no estilo das velhas...

O Bom escravo

Gerson Amaro

Certa vez um bom escravo

Com o patrão foi conversar

“Meu patrão me dá licença

De uma história lhe contar

Esta noite eu tive um sonho

Que veio me amedrontar

Eu senti um arrepio

Vi seu filho em um rio

Estava a se afogar “

O patrão bem assustado

Com o que veio lhe falar

Já foi ficando nervoso

Começou a boquejar

“ Quem que pensas que tu és

Para vir me afrontar

Onde esta o seu respeito ?

Pois não é qualquer sujeito

Que vem me desrespeitar”

Então amarrou o escravo

E começou açoitar

Com o chicote bem malvado

Sangue veio a derramar

Mas o capataz ,seu genro

Chegou então a galopar

“Meu patrão vem socorrer

Pois seu filho vai morrer

Se não conseguir nadar”

O escravo se soltou

E correu para ajudar

Pulou no rio da fazenda

Para o menino tirar

Com seu sangue escorrendo

O rio veio a manchar

Mas saiu com o menino

Um milagre tão divino

Que aqui vim lhes contar

o Patrão deu liberdade

Mas antes fez a maldade

Não quis nem lhe escutar

Postado por Gersonamaro 1971 às 10:35 Nenhum comentário:

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Sitio Felicidade - Gerson Amaro

Sitio Felicidade

Gerson Amaro

Parte falada

“Certa vez um bom filho

Na cidade foi estudar

Foi tentar ser um doutor

Nova vida então levar

Como tudo na cidade

É riqueza de espantar

Ele logo estranhou

Quando um dia visitou

Os seus pais no velho lar “

Parte cantada:

Meu filho não se assuste

Com minha simplicidade

Não tenha pena de mim

De toda esta humildade

Aqui eu sou bem feliz

Tenho tudo que eu quis

No sitio felicidade

O meu fogão é de lenha

Te garanto o sabor

Faço minha comidinha

Sempre com muito amor

O tempero na medida

Assim como a minha vida

Um simples de um lavrador

Não tenho televisão

Meu radio meu companheiro

Que ouço as minhas modas

Relembro Tião carreiro

Ouço a radio Aparecida

Antes de partir pra lida

Proteção para o dia inteiro

Coisa mais linda do mundo

É ver a minha hortinha

Tem “Arface e Armeirão”

Tem salsa e abobrinha

Aqui eu divido tudo

Este jeito eu não mudo

Nunca me farto nadinha

Agradeço a visita

E quero já “convida”

Pra roda de violeiro

Hoje a noite no “lua”

Em frente de nossa igreja

Vai ter moda sertaneja

Até nosso sol “raiá”

Quem sabe não se ajeita

E a capital não rejeita

E muda logo pra cá

Postado por Gersonamaro 1971 às 07:19 Nenhum comentário:

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sábado, 24 de janeiro de 2015

Outro Tempo -Gerson Amaro

Outro Tempo

Gerson Amaro

Eu sou de um tempo

Outra estação

Um tempo antigo

com a Tradição

De se dar bom dia

Ter educação

A simplicidade

Era qualidade

Lá do meu Sertão

Mas hoje em dia

Tem muito doutor

Que com seu diploma

Não tem bom humor

Na educação

É um devedor

Se não dá bom dia

Nem tem alegria

Não planta o amor

Eu sou de um tempo

Outra estação

Um tempo antigo

com a Tradição

De se dar bom dia

Ter educação

A simplicidade

Era qualidade

Lá do meu Sertão

Mas ainda espero

Quero acreditar

Que nossa viola

Possa educar

Faço o meu ponteio

Para lhe lembrar

Seja educado

Pois um doutorado

Nãovai lhe salvar

Eu sou de um tempo

Outra estação

Um tempo antigo

com a Tradição

De se dar bom dia

Ter educação

A simplicidade

Era qualidade

Lá do meu Sertão

Postado por Gersonamaro 1971 às 10:15 Nenhum comentário:

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UM AMOR EM UMA CANÇÃO - HOMENAGEM A DUPLA EDIVAN E GISELE GERSON AMARO

Homenagem aos amigos Edivan Gisele ,

UM AMOR EM UMA CANÇÃO

GERSON AMARO

BEM NA PORTA DA COZINHA

EU ME DECLAREI PRA ELA

ELA USAVA UM AVENTAL

COM UMA FLOR LINDA AMARELA

EU CANTEI UMA CANÇÃO

UMA MODA BEM SINGELA

MEU AMOR CANTEI ALI

CANTEI COMO UM BEM TE VI

LIVRE E SOLTO NA JANELA

EM SUA VIDA SOU SEU PRÍNCIPE

ELA É MINHA DONZELA

LEVO ELA EM MEU PEITO

COMO FLOR NUMA LAPELA

PROMETI SER BEM FIEL

LÁ NO ALTO NA CAPELA

SOMOS UM SÓ CORAÇÃO

UM AMOR EM UMA CANÇÃO

UMA HISTÓRIA MUITO BELA

Postado por Gersonamaro 1971 às 08:10 Nenhum comentário:

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O Animal e a Fera Gerson Amaro

O Animal e a Fera

Gerson Amaro

Na beira “D água do Rosa”

Eu vi e me assustei

Um rastro de uma onça

Eu nunca imaginei

Maior que a minha mão

Eu claro que afastei

Avisei a vizinhança

Daquilo que avistei

***

Onça Pintada é perigo

Defendendo a sua cria

Eu ando muito velhaco

Ta fartanto uma novilha

A onça vai caminhando

E levando sua família

O rastro vai aumentando

Eu procuro noite e dia

***

Na mata muito fechada

Do sitio do seu Funchal

Eu fiz um acampamento

Se achando que era o tal

Mas quando eu vi a danada

Andando com sua moral

Percebi que o intruso

Era eu ,o Animal

***

A onça e a natureza

Vieram antes da gente

Invadimos sua casa

Se achando inteligentes

Eu não puxei o gatilho

Este caboclo não mente

A onça me olhou firme

e saiu da minha frente

***

A onça então sumiu

Nunca mais eu avistei ela

Nem o rastro de suas cria

Que andava ao lado dela

Encontro foi derradeiro

Entre eu e aquela fera

Só se encontramos nos sonhos

Onça pintada amarela

Postado por Gersonamaro 1971 às 11:45 Nenhum comentário:

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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Violeiro Trabalhador - Gerson Amaro

Violeiro Trabalhador

Gerson Amaro

Eu já deixei bem trancado

Enxada foice e facão

Prefiro as ferramentas

Voz , Viola e Violão

Eu canto as minhas modas

Sou eu que sou meu patrão

Cantando eu já semeio

Amor com a minha canção

Eu sou um trabalhador

Que planta sempre o amor

Dentro do seu coração

Na vida sou fazendeiro

Cultivo a humildade

Sou caboclo lá da roça

Sou caboclo na cidade

Cantando as minhas modas

Eu colho muita amizade

Eu rego a minha vida

Sempre com muita bondade

A colheita é todo dia

Trabalho que contagia

Um viva a simplicidade

Postado por Gersonamaro 1971 às 07:10 Nenhum comentário:

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VIOLEIRO DE ITIRAPINA GERSON AMARO

VIOLEIRO DE ITIRAPINA

GERSON AMARO

Da licença minha gente

Os menino e as menina

O senhor e a senhora

Talvez não me imagina

Eu sou violeiro bruto

Olha bem minha botina

Dez cordas tem minha viola

A paixão que me domina

Eu mostro o meu respeito

Trago a viola no peito

Sou Violeiro de Itirapina

Faça chuva ou faça sol

Eu rasgo até a neblina

Na lua cheia bem clara

Na escuridão lamparina

Eu sinto o orvalho cedo

Natureza que fascina

Perfume do interior

Invade minhas narina

Um amor mais que perfeito

Eu já fico satisfeito

Sou violeiro de Itirapina

Eu faço a retirada

Mando um beijo pras meninas

Eu mostro o meu respeito

Trago a viola no peito

Sou Violeiro de Itirapina