Poema que apresenta diverso aspectos da religião neopagã Wicca.
Ter a lei Wiccaniana em aliança, em perfeito amor e perfeita confiança.
Viver e deixar viver; e com justiça dar e receber.
Três vezes o círculo traçar para os maus espíritos expulsar.
Para o feitiço ficar atado, é preciso que ele seja rimado.
Com doçura olhar e com carinho tocar; e falar pouco e muito escutar.
Com a lua crescente seguir em frente, cantando e dançando a runa da bruxa feliz e contente.
O sentido anti-horário vem com a lua minguante, e o uivo do lobisomem ecoa apavorante.
Se a lua no céu está nova, beije sua mão duas vezes em louvor à dama que a tudo renova.
Quando ao apogeu a lua chegar, é hora do seu desejo falar.
Quando a tempestade do vento norte chegar, é hora de trancar a porta e o barco abandonar.
Quando do sul vem o vento, o amor desabrocha a cada momento.
Quando o vento oeste põe as árvores a balançar, os espíritos dos mortos não estão a descansar.
Nove galhos no caldeirão: queime-os depressa e também com lentidão.
Muita antiguidade a senhora árvore pode ter - não a queime para amaldiçoado não ser!
Quando a rodar começar a girar, deixe o fogo de Beltane queimar.
Quando a roda em Yule chegar, acenda a cabana e deixe Pã reinar.
Cuide da flor, do ramo e da árvore com muito cuidado, pois pela senhora será abençoado!
Onde um fluxo de água você vê, atire uma pedra para a verdade saber.
Por maior que seja seu querer, não inveje o que o outro vem a ter.
Toda festa é um feliz encontro, ilumine a alma e põe o coração no ponto.
Da Lei Tríplice não se deve esquecer, pois de duas ocasiões ruins, três boas você vai ter.
Quando o infortúnio chegar, coloque a Estrela Azul no seu olhar.
Com o tolo nenhuma estação quer estar, e nem com os amigos ele pode contar.
O verdadeiro amor sempre perdura, mas o falso nunca dura.
O desígnio Wiccaniano uma boa verdade tem: deseje o que quiser, mas sem magoar ninguém!