Um Grito na Escuridão
Meu ego primitivo
Não desiste, busca ao léu
Um lugar não privativo
Entre a terra e o céu,
Um lugar bem diferente
Que seja longe da lente,
Distante desta Babel.
Meu sangue radioativo
Às vezes pára em contra-mão
E nas ruas do meu sonho
Se embaraça a visão.
Então eu paro, olho, e escuto,
Aproveito este minuto
Pra mudar de direção.
Continua a gincana
Ao redor de um botão.
A ciência leviana
Tem a vida em sua mão,
E olhando o infinito
Só me resta mesmo um grito
Perdido na escuridão.